A missão da ONU no Líbano (UNIFIL) afirmou que um tanque israelense disparou tiros pesados de metralhadora a poucos metros de seus soldados durante uma patrulha no sul do país, obrigando os capacetes-azuis a se abrigarem até o recuo das tropas. Não houve feridos.
Segundo a UNIFIL, o incidente configura uma violação grave das resoluções que mantêm o cessar-fogo entre Líbano e Israel. Por sua vez, Israel justificou o disparo alegando que, por causa das condições climáticas, confundiu os soldados da paz com “alvos suspeitos”.
O episódio ocorre em meio a um histórico recente de tensão: a UNIFIL já vinha denunciando disparos frequentes, drones e até granadas nas proximidades de suas posições no sul do Líbano.
Paralelamente, a escalada de violência segue também na Palestina: há relatos de ataques aéreos israelenses em Gaza, com mortos, e incursões na Cisjordânia, incluindo o acampamento de Askar, onde um jovem palestino teria sido morto.
A onda de violência acontece pouco mais de um mês após a entrada em vigor de um cessar-fogo mediado, mas analistas alertam que os ataques pontuais persistem e podem fragilizar o acordo. Além disso, a situação humanitária em Gaza se agrava, especialmente com as fortes chuvas que têm inundado campos de deslocados.
