Gaza: a mentirosa paz de Trump

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Genocídio continua enquanto chuva destrói abrigos e palestinos são enviados à África do Sul.

O ex-presidente Donald Trump apresentou ao mundo um novo plano de paz para Gaza. Mas, na vida real, dentro da Faixa, o que se vê é o oposto da promessa: o genocídio contra os palestinos continua, agora agravado por chuvas intensas, doenças, fome e deslocamentos forçados.

Do Espírito Santo ao Oriente Médio, a distância geográfica é enorme — mas o impacto humano ultrapassa fronteiras. A cada novo relato vindo de Gaza, fica evidente que a diplomacia não saiu do discurso para o terreno.

Trump falou em reconstrução, cessar-fogo e prosperidade. Na prática, a ajuda quase não entra, milhares continuam sem abrigo e hospitais operam no limite. A sensação é de abandono: um plano de paz anunciado, mas não vivido.

Violações persistem e reforçam denúncia de genocídio

Apesar das promessas, organizações humanitárias seguem relatando violações cometidas por Israel: ataques contra civis, destruição de infraestrutura básica, impedimento de ajuda, prisões arbitrárias e deslocamentos forçados.

Para famílias palestinas, o recado é claro: a guerra não terminou, e o genocídio segue em curso — ainda que envolto em discursos diplomáticos.

Em Gaza, cada dia é um esforço para sobreviver. Nas aldeias, nos hospitais destruídos, nas tendas improvisadas, a palavra “paz” soa cada vez mais distante.

Chuvas de inverno transformam crise em calamidade

Como se faltassem motivos para preocupação, as primeiras chuvas fortes do inverno atingiram Gaza com força. Em minutos, tendas rasgaram, lama tomou conta de acampamentos e crianças ficaram encharcadas, sem agasalhos e sem abrigo.

A Defesa Civil alerta para o risco real de desabamentos de barracas, choques elétricos e surtos de doenças. O que já era uma emergência virou uma nova catástrofe — desta vez causada pela própria natureza, que encontra um território sem infraestrutura e uma população sem proteção.

A ONU admite que não consegue distribuir material suficiente para repor as tendas destruídas. E, com a entrada limitada de caminhões de ajuda, a tendência é que a situação só piore.

Palestinos levados para a África do Sul levantam suspeitas de expulsão forçada

Em meio ao caos, um episódio chamou atenção do mundo: mais de 150 palestinos desembarcaram na África do Sul após horas retidos dentro de um avião. O caso virou investigação internacional e acende um alerta grave.

Sem explicações claras, muitos passageiros não tinham registros de saída de Gaza. Há suspeitas de que a operação tenha sido articulada com participação de entidades ligadas a Israel — o que levanta o fantasma do deslocamento demográfico forçado, uma prática que caracteriza genocídio.

A África do Sul autorizou a entrada do grupo, garantiu abrigo e abriu investigação. Mas o episódio reforça a sensação de que Gaza está sendo não apenas destruída, mas esvaziada.

A paz é retórica e o genocídio realidade

O cenário hoje é brutal:

  • violações persistem,
  • a fome se espalha,
  • a ajuda não chega,
  • as chuvas destroem o pouco que restava,
  • palestinos são enviados para outros países sem transparência.

O plano de Trump circula no mundo como peça diplomática. Mas, para quem vive em Gaza, é apenas um papel distante — incapaz de deter um genocídio em curso.

Enquanto o mundo discute acordos, o povo palestino continua lutando para sobreviver, soterrado por bombas, lama, fome e medo.

E Gaza segue à espera de algo simples: humanidade.