Mercado financeiro reduz previsão de inflação para 4,55% em 2025, mas índice ainda supera meta

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O mercado financeiro voltou a ajustar para baixo a expectativa de inflação para 2025. Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a projeção para o IPCA recuou de 4,56% para 4,55%. Apesar da queda marginal, o número ainda permanece acima do teto da meta estabelecida para o ano, que é de 4,5%. A meta central é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 foi mantida em 2,16%. Para os anos seguintes, a expectativa indica crescimento mais moderado, com estimativa de 1,78% em 2026. Analistas afirmam que o cenário reflete uma economia em ritmo lento, afetada por incertezas fiscais e externas, além do custo do crédito elevado.

A taxa básica de juros, a Selic, também segue estimada em 15% ao ano no encerramento de 2025. O valor reflete a estratégia de manter a política monetária restritiva enquanto o Banco Central busca convergir a inflação para a meta. A expectativa é de redução gradual dos juros apenas a partir de 2026, conforme o comportamento dos preços e das contas públicas.

A inflação acumulada em 12 meses medida até setembro ficou em 5,17%, de acordo com o IBGE. Alimentos, energia e serviços seguem entre os itens que mais pressionam o índice. Mesmo com sinais de desaceleração, economistas destacam que a inflação ainda está distante de um patamar considerado confortável e exige acompanhamento contínuo.

Para consumidores e empresas, o contexto aponta um período de cautela. Juros altos mantêm financiamentos e crédito mais caros, enquanto a redução lenta da inflação pode aliviar apenas gradualmente o custo de vida. A expectativa do mercado é que o equilíbrio entre política fiscal e monetária seja determinante para o ritmo da atividade econômica em 2025.