SUS completa 35 anos com 60% dos exames de imagem, mas desigualdades de acesso ainda persistem

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O Sistema Único de Saúde (SUS) celebra 35 anos consolidado como maior rede pública, gratuita e universal do Brasil, atendendo diretamente 76% da população — cerca de 213 milhões de pessoas — com média de 2,8 bilhões de atendimentos anuais e um corpo de 3,5 milhões de profissionais de saúde.

Apesar do tamanho e da abrangência, o SUS responde por 60% dos principais exames de imagem realizados no país, incluindo raio‑X, ultrassonografia, tomografia, mamografia e ressonância magnética. Ainda assim, usuários de planos privados realizam até 13 vezes mais ressonâncias magnéticas e mais de 3 vezes mais mamografias, evidenciando a persistente desigualdade entre os setores público e privado.

Desde 2014, a densidade de exames no SUS aumentou e algumas desigualdades diminuíram, mas a mamografia segue sendo a modalidade com maior diferença de acesso. A oferta de equipamentos também mostra desequilíbrios regionais: regiões Norte e Nordeste têm menor disponibilidade de tomógrafos e aparelhos de ressonância, reforçando a disparidade territorial.

Nos últimos anos, programas como Agora Tem Especialistas, expansão da telessaúde e o Novo PAC Saúde têm buscado ampliar o atendimento em áreas remotas, melhorar o acesso a exames complexos e reduzir as desigualdades regionais. O SUS permanece como pilar da saúde pública brasileira, mas desafios estruturais ainda limitam seu potencial de universalização plena.