O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), aponta que Vitória, capital do Espírito Santo, possui a melhor situação fiscal do país, com nota máxima. O estudo, que avalia mais de 5.000 municípios, mostra que a pontuação média do estado (0,8167) também é considerada de excelência, 25% acima da média nacional.
Apesar do desempenho positivo, a baixa geração de receita própria foi identificada como um desafio para as cidades capixabas, com nota média de 0,5689 (gestão em dificuldade) no indicador de Autonomia. Segundo a Firjan, a dependência de repasses e a necessidade de fortalecer a economia local são pontos a serem melhorados. O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, destacou que a conjuntura econômica e o aumento de repasses em 2024 contribuíram para a melhora geral dos resultados, mas que “é fundamental que as cidades desenvolvam ou continuem desenvolvendo ações para estimular a economia e gerar recursos localmente”.
O IFGF é composto por quatro indicadores: Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. As cidades são classificadas como de situação crítica, em dificuldade, boa ou de excelência. No Espírito Santo, 78 municípios foram avaliados. Apenas Itapemirim registrou situação de dificuldade, e nenhuma cidade apresentou quadro crítico.
Os municípios capixabas apresentaram resultados de excelência nos indicadores de Gastos com Pessoal (0,9213), Investimentos (0,9050) e Liquidez (0,8719). O estudo ressaltou que as cidades do Espírito Santo são as que mais investem, em média, no país.
Em âmbito nacional, o cenário fiscal das cidades melhorou, com a média em 0,6531 (boa situação). No entanto, 36% dos municípios brasileiros, que concentram 46 milhões de pessoas, ainda apresentam situação fiscal difícil ou crítica. Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS) são exemplos de capitais com situação difícil. O estudo completo e a análise detalhada por município podem ser acessados em www.firjan.com.br/ifgf.
