Banco Central aumenta segurança e endurece regras para fintechs

O Banco Central anunciou novas medidas para reforçar a segurança do sistema financeiro nacional. Entre as mudanças, está o limite de R$ 15 mil para transferências via Pix e TED realizadas por instituições de pagamento não autorizadas. Além disso, o prazo para que essas empresas solicitem autorização foi antecipado de dezembro de 2029 para maio de 2026. As exigências incluem também capital mínimo de R$ 15 milhões para prestadores de serviços tecnológicos. O objetivo é conter fraudes, dificultar operações ilegais e fortalecer a confiança no sistema.

Limitação de transações — como funciona
Agora, qualquer transferência acima de R$ 15 mil feita por instituições não autorizadas será bloqueada automaticamente. Embora o impacto direto seja restrito, já que a maioria das operações ocorre em valores menores, a medida dificulta que grandes somas sejam transferidas de forma irregular. A expectativa é que isso reduza a fragmentação de recursos e facilite o rastreamento de movimentações suspeitas.

Antecipação de cronograma regulatório
O prazo de regularização para empresas que ainda operam sem autorização foi antecipado para maio de 2026. A partir dessa data, quem não estiver regularizado não poderá seguir em funcionamento. Novas instituições, por sua vez, não poderão iniciar atividades sem a aprovação prévia do Banco Central.

Fortalecimento de prestadores de serviços tecnológicos
Os prestadores de serviços de tecnologia da informação, responsáveis por dar suporte a operações de pagamento, passam a ter requisitos mais rígidos. Eles deverão comprovar capital mínimo de R$ 15 milhões e se adequar em até quatro meses. Além disso, precisarão apresentar certificações técnicas independentes que atestem sua segurança. Empresas que não atenderem às exigências poderão ser descredenciadas.

Protegendo a inclusão financeira
O Banco Central destacou que as fintechs tiveram papel essencial na ampliação da inclusão financeira no Brasil. As novas regras não visam limitar a inovação, mas garantir que ela seja acompanhada de segurança e responsabilidade. O reforço regulatório busca proteger tanto usuários quanto instituições, fortalecendo o sistema como um todo.

Destaques em Tópicos

TemaDetalhes principais
Limite de R$ 15 milTransferências acima do valor serão bloqueadas em instituições não autorizadas.
Antecipação do prazoEmpresas devem se regularizar até maio de 2026.
Requisitos para PSTIsCapital mínimo de R$ 15 milhões e certificação técnica obrigatória.
Prazo de adequaçãoAté quatro meses para atender às novas regras.
Inclusão financeiraRegras reforçam segurança sem comprometer inovação no setor.

As mudanças impostas pelo Banco Central representam um avanço no combate a fraudes e crimes financeiros. Ao mesmo tempo, estabelecem um equilíbrio entre a inovação trazida pelas fintechs e a necessidade de proteger o sistema. A expectativa é de que o novo cenário aumente a confiança dos usuários e fortaleça a credibilidade do setor de pagamentos no Brasil.