A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mantém-se como um pilar fundamental para o acesso ao ensino superior no Brasil. Com capacidade de conferir até mil pontos, sua relevância é inegável, especialmente considerando os mais de 4,3 milhões de participantes em 2024, que consolidaram o Enem como o segundo maior exame do mundo.
Rafael Cunha, diretor nacional da Microlins, destaca a importância da preparação consistente. Segundo ele, a habilidade de interpretar e estruturar um texto dissertativo-argumentativo é crucial para alcançar a nota máxima. Cunha ressalta que, além do domínio da norma culta, a capacidade de posicionar-se criticamente sobre temas sociais demonstra conhecimento linguístico e repertório sociocultural.
O especialista aponta cinco pilares para uma redação estratégica e segura:
1. Domínio da Norma Culta: A redação exige formalidade, clareza e objetividade. Erros gramaticais comprometem a pontuação. A coesão e a progressão lógica das ideias são igualmente valorizadas.
2. Leitura Atenta da Proposta: Os textos motivadores devem ser interpretados cuidadosamente para evitar a fuga do tema, que pode anular a redação. A análise crítica direciona a tese e os argumentos.
3. Pensamento Crítico e Argumentação: O Enem busca candidatos que reflitam sobre desafios sociais e proponham soluções viáveis. Argumentos sólidos e contextualizados, que relacionem o tema a aspectos históricos, culturais, políticos ou econômicos, são essenciais.
4. Repertório Sociocultural Diversificado: A leitura constante de diversos materiais, como livros, artigos e jornais, enriquece o repertório. Referências a dados oficiais, pensadores e marcos históricos fortalecem o texto.
5. Prática Orientada e Regular: A escrita aprimora-se com o treino semanal, preferencialmente com correção especializada. A gestão do tempo e a elaboração de propostas de intervenção detalhadas são partes integrantes desse processo.
