Iema combate furto de madeira nativa próximo ao Parque Estadual de Itaúnas

foto: IEMA-ES

Uma operação conjunta do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Polícia Ambiental, Suzano S.A. e pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) fiscalizou áreas de extração ilegal de madeira na zona de amortecimento do Parque Estadual de Itaúnas (PEI). A ação, realizada na última semana, identificou dois pontos de atividade criminosa em fragmentos florestais próximos a um assentamento rural.

A região sofre com roubo de madeira nativa. A operação flagrou a derrubada ilegal de árvores seculares, serradas e retiradas para destino desconhecido. Entre as espécies afetadas, constam Oiticica, a Braúna e o Quina de Rego, algumas ameaçadas de extinção.

Equipes do Iema iniciaram o recolhimento da madeira extraída ilegalmente e intensificaram o monitoramento das áreas atingidas. Investigações buscam identificar os responsáveis pelos crimes. A fiscalização se estendeu a propriedades rurais vizinhas, com o intuito de apurar o uso irregular da madeira e orientar proprietários sobre as leis que regem a utilização de madeira nativa.

Denúncias podem ser feitas presencialmente no Protocolo Geral do Iema ou online, na seção “Denúncias” do site do Instituto.

A Operação de Fiscalização e Seus Resultados

Mas quais foram os resultados dessa operação e o que está sendo feito para evitar novos crimes na região? Descubra todos os detalhes a seguir.

A região, que abriga rica biodiversidade, está situada próxima a um assentamento rural, o que a torna vulnerável a práticas ilegais de extração de madeira. Durante a fiscalização, dois fragmentos florestais foram identificados como locais de intensa atividade criminosa.

As árvores, muitas delas centenárias, eram derrubadas, serradas e transportadas para fins ainda desconhecidos. Entre as espécies extraídas ilegalmente, destacam-se a todas com alto valor comercial e algumas sob risco de extinção. O impacto ambiental é devastador, considerando o papel crucial dessas espécies na manutenção da fauna local e na estabilidade do solo.

Gustavo Rosa, servidor do Iema, destacou que a operação vai além de coibir os crimes. “Estamos caracterizando os danos ambientais, recolhendo a madeira extraída e intensificando o monitoramento para responsabilizar os culpados”, afirmou. Além disso, as investigações se expandiram para propriedades rurais adjacentes, onde foi possível identificar o uso irregular de madeira e orientar os proprietários sobre as restrições legais.

Ameaças à Biodiversidade e Impactos Socioambientais

O furto de madeira não é apenas um crime ambiental, mas também uma ameaça direta à biodiversidade. Espécies como a Braúna, que desempenha um papel vital no equilíbrio ecológico, têm sido exploradas de forma predatória. Isso reduz o habitat de diversas espécies animais e compromete os serviços ecossistêmicos, como a regulação do clima e a proteção contra erosões.

As comunidades locais também enfrentam as consequências desses atos. Além do prejuízo ambiental, o crime fomenta práticas ilegais que desestabilizam a economia rural e minam iniciativas sustentáveis de manejo florestal. É essencial que o monitoramento seja constante e que as comunidades sejam incluídas em projetos de preservação, fortalecendo a relação entre proteção ambiental e desenvolvimento social.

Medidas Futuras e Como Denunciar

O sucesso da operação do Iema é um passo importante, mas o combate ao furto de madeira exige medidas contínuas e integradas. Entre as ações prioritárias estão o reforço da fiscalização, o uso de tecnologias como drones para monitoramento remoto e a implementação de programas educativos para conscientizar a população local sobre a importância da conservação florestal.

O Iema também reforça a importância das denúncias. Qualquer pessoa pode colaborar relatando atividades suspeitas por meio do site oficial do Instituto, na seção “Denúncias”, ou presencialmente no Protocolo Geral. A participação ativa da sociedade é crucial para proteger as riquezas naturais da região e garantir que futuras gerações possam desfrutar da biodiversidade do Parque Estadual de Itaúnas.