Países precisam investir mais para reduzir nascimento de bebês abaixo do peso, alerta ONU

Os países precisam investir e adotar mais ações para reduzir o número de bebês nascidos abaixo do peso ideal, uma vez que isso coloca a saúde dos recém-nascidos em risco, afirmou relatório divulgado na quarta-feira (15).

O documento, apoiado pelas Nações Unidas, mostrou que mais de 20 milhões de bebês nasceram em 2015 abaixo do peso. Além disso, 80% dos 2,5 milhões de recém-nascidos com peso baixo no mundo morrem todos os anos, porque são prematuros ou pequenos demais para a idade gestacional.

Um a cada sete bebês no mundo pesa menos de 2,5 quilos ao nascer, de acordo com dados mais recentes de 2015. O relatório Lancet Global Health foi desenvolvido por especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

Os países precisam investir e adotar mais ações para reduzir o número de bebês nascidos abaixo do peso ideal, uma vez que isso coloca a saúde dos recém-nascidos em risco, afirmou relatório divulgado na quarta-feira (15).

O documento, apoiado pelas Nações Unidas, mostrou que mais de 20 milhões de bebês nasceram em 2015 abaixo do peso. Além disso, 80% dos 2,5 milhões de recém-nascidos com peso baixo no mundo morrem todos os anos, porque são prematuros ou pequenos demais para a idade gestacional.

Um a cada sete bebês no mundo pesa menos de 2,5 quilos ao nascer, de acordo com dados mais recentes de 2015. O relatório Lancet Global Health foi desenvolvido por especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

“Tivemos poucas mudanças ao longo de 15 anos”, disse a principal autora do relatório, Hannah Blencowe, da Escola de Higiene e Medina Tropical de Londres. “Apesar de claros compromissos, nossas estimativas indicam que governos nacionais estão fazendo pouco para reduzir pesos baixos em nascimentos”.

Em 2012, 195 Estados-membros da OMS se comprometeram a reduzir o problema em 30%, até 2025. No entanto, estimativas indicam uma queda de apenas 1,2% em todo o mundo. De 22,9 milhões de nascimentos de bebês abaixo do peso ideal em 2000, o número passou para 20,5 milhões em 2015. Isso indica que se o ritmo não for acelerado, o mundo não irá alcançar a redução anual de 2,7% exigida para alcançar a meta estabelecia em 2012.

Pesagens

Embora todos os recém-nascidos precisem ser pesados, a coautora do relatório e especialista do UNICEF em Estatísticas e Monitoramento, Julia Krasevec, afirmou que “mundialmente, não temos registros do peso de quase um terço de todos os recém-nascidos”.

“Não conseguimos ajudar bebês nascidos abaixo do peso sem melhorar a cobertura e a precisão de dados que coletamos”, acrescentou.

Os principais impulsionadores do baixo peso ao nascer incluem: extremos na idade materna; gravidez múltipla; complicações obstétricas; condições maternas crônicas, como problemas hipertensivos na gravidez; infecções, como malária; situação nutricional; fatores ambientais, como poluição do ar; e uso de drogas e tabaco.

Bebês abaixo do peso que sobrevivem têm maior risco de não se desenvolverem corretamente, ou serem baixos em altura ao longo de suas vidas, além de poderem sofrer problemas físicos e de desenvolvimento mais tarde na vida. Estes problemas podem incluir condições crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares.

Os autores do estudo pediram ações internacionais para garantir que todos os bebês sejam pesados no nascimento, melhorar assistência clínica e promover pesquisas de saúde pública sobre as causas de pesos baixos no nascimento, reduzindo o número de mortes e deficiências.

“Com melhores aparatos de pesagem e melhores sistemas de dados, podemos capturar o verdadeiro peso de cada bebê, incluindo os que nascem em suas casas, e melhorar a qualidade de assistência a estes recém-nascidos e suas mães”, afirmou Krasevec.

A publicação ilustra que três quartos dos bebês afetados nasceram no Sul da Ásia e na África Subsaariana.

No entanto, o problema também é significativo em países de alta renda na Europa, na América no Norte, na Austrália e na Nova Zelândia, onde essencialmente não houve progressos na redução de taxas desde 2000.

Em países de baixa renda, crescimento fraco no útero é uma grande causa, embora novas análises associem a questão em regiões mais desenvolvidas com prematuridade, ou um bebê que nasce antes de 37 semanas.