Com queda no preço da energia, inflação é a menor para outubro desde 1998

A inflação no Brasil apresentou o índice mais baixo para outubro desde 1998. A alta nos preços foi de 0,10% em relação a setembro, quando houve deflação de 0,04%. Em outubro do ano passado, a taxa foi de 0,45%.

Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quinta (07) pelo IBGE. No acumulado do ano, o índice registrou 2,60% e, nos últimos 12 meses, a inflação ficou em 2,54%.

A queda de 3,22% no preço da energia foi o principal item que puxou a taxa para o baixo patamar, com impacto de -0,13 ponto percentual no IPCA. Com exceção de Salvador, que teve alta de 0,86%, e Vitória, de 2,24%, todas as áreas pesquisadas registraram recuo nos preços da energia, que chegou a -5,99% em Goiânia.

 “Em setembro, estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1 e, em outubro, passou a vigorar a amarela, cujo acréscimo é menor. Além disso, houve redução nas tarifas residenciais de uma das concessionárias de São Paulo, vigente desde 23 de outubro, e em Brasília e em Goiânia, a partir de 22 de outubro”, esclareceu o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

A alimentação em domicílio se manteve em queda, pelo sexto mês consecutivo. A redução no preço da cebola (-20,84%) e da batata-inglesa (-9,06%) foram os destaques. Já o que andou pesando no bolso das residências brasileiras foi a da carne, com alta de 1,77%.

Já a maior inflação de outubro foi no vestuário: 0,63%. Mas a roupa feminina (0,98%), a masculina (0,38%) e a infantil (0,30%) costumam mesmo ficar mais caras nesse período. “O preço de vestuário costuma subir nessa época por conta da mudança de estação, que resulta na troca de coleção das lojas”, explicou Kislanov.

Outra elevação de preços ao consumidor amplo foi nos transportes, impactada pela alta da gasolina, que é um item de grande peso no índice. Todas as áreas pesquisadas apresentaram variação positiva no preço do combustível, exceto Brasília e São Luís, onde houve queda.

E, para quem está começando a fazer planos de viagem para as férias, a má notícia é que, após dois meses com variações negativas, as passagens aéreas apresentaram aumento (1,93%).

Deflação

Quanto aos índices regionais, seis das áreas pesquisadas tiveram deflação em relação a setembro, sendo a maior desaceleração registrada no município de São Luís, com -0,37%. Já a maior variação positiva foi no município de Campo Grande, de 0,31%.

Tanto no acumulado do ano quanto na variação dos últimos 12 meses, o município com maior inflação dentre os pesquisados é Fortaleza, de 3,45% em ambos os períodos. São Luiz fica com o índice mais baixo no acumulado do ano (1,69%), e Curitiba com o dos últimos 12 meses (1,55%).

Fonte: Agência IBGE